Transcrição da fala de Clarisse: “Eu me chamo Clarice, tenho treze anos, sou coparticipante da instituição Lar Fabiano de Cristo, e primeiramente eu queria agradecer à mesa, porque é uma oportunidade de nós, jovens, podermos estar à frente, podermos estar cientes sobre. Então, muito obrigada. Eu gostaria de começar falando sobre o ECA.” | “Nós, adolescentes, crianças e adolescentes, devemos estar em um diálogo junto com o ECA, para conversar sobre os nossos direitos.” | “A gente pede também que o ECA seja dialogado com vários adolescentes e crianças de diferentes realidades, para que não seja conversado só com uma classe alta, com uma classe baixa, mas sim com todos, para que a gente consiga conviver com pessoas de diferentes realidades.” | Olá, eu me chamo Clarisse, tenho treze anos de idade, sou coparticipante da instituição Lar Fabiano de Cristo, e o evento que aconteceu na UFPA foi muito bom. O objetivo era a gente falar sobre o ECA, o Estatuto da Criança e do Adolescente. E eu, como adolescente, pude perceber o quão é importante é nós estarmos por dentro das discussões que nos envolvem, falando sobre deveres, direitos, onde nós podemos estar cientes sobre o nosso dia a dia, onde fala o direito da educação, do lazer, é isso.”

Para a supervisora da Casa de José, Elizângela Siqueira, a fala de Clarice no evento demonstra a importância e a necessidade de que as políticas públicas contem com a presença de seus usuários.
— A nossa adolescente, Clarice, de treze anos, participou da mesa de abertura, fazendo um belo discurso em favor da participação de crianças e adolescentes na efetivação do ECA. Nada para nós sem nós. E ela tem toda a razão, pois só construímos um presente e um futuro quando nos habituarmos a garantir esse direito aos nossos meninos e meninas que tanto têm a contribuir com as políticas públicas. Saímos de lá cheios de esperança com a fala de Clarice e com a sensação de que estamos no caminho certo. Investir na participação, essa é a solução.