O mês de agosto é conhecido por ser um período dedicado à reflexão e à conscientização sobre o enfrentamento da violência contra as mulheres — é o que chamamos de Agosto Lilás.
Como o mês de julho já está caminhando para o fim, a Casa de Virgínia Smith, em Fortaleza (CE), já começou a pensar e executar atividades ligadas ao tema de agosto e proporcionou às coparticipantes uma oportunidade de aprender estratégias para combater os variados tipos de violência sofridos pelas mulheres.
Na oportunidade, a estagiária em Serviço Social do SESC de Fortaleza, Ruth Oliveira, conduziu uma atividade em formato de roda de conversa, explicando os diferentes tipos de violência — moral, patrimonial, sexual, psicológica, física — às quais as mulheres estão sujeitas. Ruth contou com a supervisão da assistente social Ana Paula Lima, também do SESC de Fortaleza. Também foi discutido a importância de conhecer a Lei 11.340/2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, e foram oferecidas informações sobre como identificar e denunciar situações de violência.
A atividade, que contou com a participação de 21 mulheres, encerrou com a composição de um painel em tecido, chamado de “Basta de violência!”, no qual as coparticipantes puderam pintar as mãos e fixar no tecido as impressões, simbolizando o desejo pelo fim de todas as formas de violência contra a mulher.
Para Taciana Terreira Cassiano, uma das participantes da atividade, é preciso que a mulher tome consciência de que não está sozinha e que existem leis e políticas públicas para protegê-la.
— Em se tratando de violência doméstica contra a mulher, ela acontece em quaisquer faixas etárias, podendo ocorrer quando ela é criança ou adolescente, quando é adulta ou até mesmo idosa. Ainda que seja comum ouvir o ditado “em briga de marido e mulher não se mete a colher” como uma tentativa errada de apaziguar atritos, é necessário estar atendo aos sinais de violência sofridos em casa. O medo de denunciar pode partir tanto do desamparo financeiro, como o marido ameaçar tirar seus filhos, ou até por conta de ameaças de morte. Viver sem violência é um direito. A mulher que se encontra na situação de violência precisa saber que não está sozinha e que, como se trata de um problema social, existem leis e políticas públicas para protegê-la. Não serei mulher livre enquanto ainda houver mulheres subjugados. Juntas seremos mais fortes — relatou Taciana.
O conhecimento e o acesso à informação é uma das estratégias mais eficientes para se combater situações de violência contra a mulher — é o que relata Maria José Alves de Menezes, uma das participantes da atividade.
— Nossa melhor arma é o conhecimento. É preciso conhecer nossos direitos, a lei Maria da Penha e instituições que amparam, protegem, defendem e param com este ciclo de violências. Devemos instruir nossos filhos para seguir no caminho do bem e ter respeito as mulheres — conta Maria.