O Lar Fabiano de Cristo foi fundado em 1958, e de lá para cá fundou dezenas de unidades em territórios marcados pela vulnerabilidade social. No dia 14 de dezembro, quatro delas completam cinquenta anos de existência e de trabalho em prol do próximo: a Casa de André Luiz, em Passa Quatro (MG); a Casa de Irmão Palminha, em Governador Valadares (MG); a Casa de Rodolfo Aureliano, em Recife (PE); e a Casa de Rodolpho Bosco, em Itajaí (SC).
Esta é a segunda matéria sobre os aniversários de cinquenta anos das Unidades do LFC em 2023; para ler a primeira, clique aqui.
Veja, a seguir, registros fotográficos e depoimentos representativos sobre a Casa de Irmão Palminha, em Governador Valadares (MG).
Casa de Irmão Palminha
Depoimentos da supervisora da Unidade, Maria Madalena de Freitas Pinheira:
— O que o aniversário de cinquenta anos representa para a Unidade?
Os cinquenta anos da Casa de Irmão Palminha representam amor, respeito, crescimento e dignidade em todos os sentidos. Nestes anos de existências, passaram por esta unidade muitas pessoas e a grande maioria nos traz depoimentos do quanto foram beneficiadas pelas ações desta casa, demostrando gratidão e carinho.
— Como o território percebe a presença do Lar Fabiano de Cristo?
A Casa de Irmão Palminha tem uma grande contribuição no território que atua; somos uma instituição de referência no atendimento humanizado, sendo reconhecida e respeitada no munícipio.
— Quais os planos e expectativas da Unidade para o futuro?
As expectativas são as melhores: buscamos contribuir para a promoção humana no território de abrangência da Casa de Irmão Palminha. Estamos reestabelecendo o número de famílias atendidas, buscando parcerias para desenvolver um trabalho de qualidade regado de muito amor.
Depoimento de ex-colaboradores e coparticipantes:
— Norma Suely de Carvalho | Ex-supervisora da Unidade de 1996 a 2006
Atual Assessora de Articulação Institucional de Projetos Especiais
Fui supervisora da Casa de Irmão Palminha de 1996 a 2006. Vivi uma experiência linda, aprendizados únicos, muitos amigos; aprendi demais com cada coparticipante, com cada companheiro que passou por essa Casa. O Lar Fabiano me oportunizou uma vivência única porque, saindo de Valadares, eu pude conhecer o sul do Brasil. Morei em Florianópolis, depois em Belém, no Pará, e voltei para o sul do Brasil, tudo pela obra de Fabiano. Sempre vivenciando as experiências mais ricas, sempre aprendendo muito, sempre buscando realmente estar disponível para servir nesta obra. O Lar Fabiano muda a vida das pessoas. Não só do coparticipante. Faz toda a diferença na vida de cada um que tem a oportunidade de estar nesta obra. Parabéns para a Casa de Irmão Palminha.
— Regina Coele Bezerra Moreira | Ex-supervisora da Unidade de 1989 a 1996
Atual supervisora da Casa de Virgínia Smith, em Fortaleza (CE)
Olá, queridos e queridas colaboradores da Casa de Irmão Palminha. Estou muito feliz em ter sido convidada para participar desta festa linda da Unidade. Estou no Lar Fabiano de Cristo há trinta e oito anos. Destes, três anos, estive trabalhando, colaborando com essa obra como auxiliar assistencial na Casa de Fernando Melo, no município de Caucaia, região metropolitana aqui de Fortaleza. Daí, fui até a Governador Valadares (MG) estar na experiência como supervisora. Era o meu primeiro momento de experienciar a gestão no Lar Fabiano de Cristo. E lá eu estive sete anos e meio. Daí, fui até Natal, passei um ano e meio na construção e na fundação da Unidade do Lar Fabiano que se chamou Casa de Bezerra de Menezes; depois, essa parceria foi para uma outra Unidade. Daí, estou aqui em Fortaleza, há vinte e dois anos, na Casa de Virgínia Smith.
Assim, agradecida eu estou a esta obra que contribuiu e contribui muito para o meu crescimento pessoal e espiritual. O Lar Fabiano de Cristo contribui a cada dia para o crescimento de cada ser que atende. O nosso acolhimento é o diferencial em todo o Brasil e assim vamos contribuindo, e vamos recebendo esse fortalecimento para a vida. E aí, nessa construção inteira, veio a minha família. E, hoje, meus dois filhos, Arthur e Augusto, são minha grande preciosidade, minha vida, que foi depositada no aprendizado do Lar Fabiano de Cristo, com todos os valores, com tudo o que há de bom e de melhor, para a minha vida e para a vida de muitos. Felicidades a cada um de vocês, um beijo no coração e que prossigam confiantes de que a vida prossegue e que nós somos os grandes instrumentos da divindade maior, para que possamos ajudar o homem a crescer a partir de nós. Muita paz e muita luz.
— Joelita Moura da Silva | Coparticipante
Meu nome é Joelita, tenho 59 anos, participo do Lar Fabiano de Cristo. Sou uma pessoa que chegou aqui e aprendeu a viver. Com o que a gente aprende nas palestras… Aqui a gente recebe apoio, um abraço, aperto de mão, um sorriso dos funcionários. Às vezes as pessoas chegam aqui no fundo do poço. E nós estamos aqui porque amamos o Lar Fabiano de Cristo. Eu, quando vim aqui, nem conhecia o Lar Fabiano; cheguei aqui e aprendi a amar, participar das palestras, ser feliz e aprender a conviver com outras pessoas. Nós estamos aqui e temos o apoio de todos. Parabéns, Lar Fabiano de Cristo.
— Nilza Pereira | Coparticipante
Olá, meu nome é Nilza, sou família do Lar. Tem quatro anos que estou aqui. A entidade me ajuda demais. Eu já tive muitas conquistas. Graças a Deus, porque gosto de agradecer muito a Deus e ao Lar, que tem me ajudado, é uma base na minha vida. E hoje estou fazendo o curso de costura, que o Lar proporcionou, por isso que estou aqui hoje. Tanto psicologicamente como financeiramente eu recebo auxílio e só Deus sabe como eu preciso. É o Lar que tem me ajudado. É uma conquista que o Lar me proporcionou. Só tenho a agradecer a Deus, à família do Lar, porque eu acho que essa família é como uma família, igual a Francisco de Assis, que estende a mão a todos. O Lar é uma benção na minha vida e na vida de muitas pessoas que precisam de verdade. Essa entidade é uma entidade séria, que ajuda e que estende a mão. Que Deus abençoe a todos do Lar. Eu agradeço de todo o coração.
— Alexandre | Ex-coparticipante
O que os funcionários do Lar Fabiano de Cristo sempre tiveram com a gente era paciência e amor. (…) Tia Norma sempre foi muito amorosa com a gente. Sempre ajudou no que podia e no que não podia. Um pequeno exemplo: eu comecei a aprender a tocar violão e aí cheguei para a tia Norma e falei: “Tia Norma, estou aprendendo a tocar violão.” Aí a tia Norma: “Que bacana!”. Passou uns quatro ou cinco dias e tia Norma chegou com um violão para mim (também por intermédio de outra tia, a tia Helena): “Isso aqui é para você aprender e, na hora que você aprender, você vai ensinar aqui.” Aí, me dediquei bastante, aprendi e comecei a ensinar. (…) O Lar Fabiano foi o que me deu minha profissão, foi o que me deu a oportunidade de ser o profissional que sou hoje. Talvez se eu não tivesse recebido esse amor e esse carinho no Lar Fabiano eu teria seguido outro caminho.